No projeto para o Museu de arte contemporânea de Buenos Aires, os espaços deveriam ser acessíveis não apenas como um lugar para cultura e educação, mas como um lugar de encontro e criação de novas relações. No museu tradicional há uma separação de espaços e papéis que vai à contramão do potencial das práticas contemporâneas de arte. Este projeto introduz o conceito da coexistência de espaços para exibição e produção de arte através de “Módulos de Produção” localizados nos dois últimos andares.
Estes “Módulos de Produção” materializam e potencializam o aspecto mutante da arte contemporânea que pode agora ser apresentada como um processo, e não apenas como uma obra “fechada”. Portanto, o momento curatorial acontece não após a “conclusão” da obra, mas é feito na presença e com a interação do público.
Todos os ambientes têm diferentes aspectos e características. O espaço mais próximo do térreo é uma caixa de vidro que se abre para a cidade, para o rio e para a Puente de la Mujer. O ambiente com maior pé-direito se localiza no centro do edifício, cruzando todos os níveis e emoldurando o rio.
O acesso principal incorpora o fluxo natural do calçadão de Puerto Madero, transformando os espaços entre o café e a recepção em uma grande praça – uma tentativa de incorporar o caráter existente do local. Além disso, o acesso direciona parte do fluxo da ponte diretamente às salas de exposição superiores, que são tão acessíveis aos pedestres quanto os edifícios em uma rua. Na cobertura do edifício há outra grande praça que reforça o aspecto público do museu – um espaço para exposições ao ar livre.
Equipe:Diego Fagundes, Erica Mattos, Paula Franchi e Romullo Baratto
Data:2012
Tipo:Arquitetura | Concurso